Hoje, pensando em postar no assunto "minha poesia" fui ler um caderno de poesias que eu fazia quando era adolescente.
Até meus exatos 25 anos, produzi vários textos. Eram dissertações, contos, poesias, muitas palavras que serpenteavam as idéias e formavam lindas e doces frases. Frases de impacto, de incentivo, de desespero, falando de amor, de dor, de saudade, de paixão, de medo, de vontade, sede de viver, loucura, enfim, tudo o que eu sentia de forma intensa e pulsante se transformava em palavras, em desabafos.
Onde é que foram parar estas palavras? Fiquei me perguntando se elas sumiram, esgotaram ou se os sentimentos é que foram se tornando cada vez mais mornos, até que um dia, aos 25 anos quem sabe, eles simplesmente tornaram-se tão previsíveis, que escrevê-los passou a ser algo piegas e repetitivo.
E me pergunto ainda: Melhor aqueles que se acostumam com a vida e com os sentimentos não se surpreendendo mais com as coisas, ficando numa zona confortável e aparentemente segura? Ou aqueles que desejam ardentemente sentir a vida sempre como um adolescente, cheia de surpresas, experimentando todas as novas possibilidades, no entando estando numa zona desconhecida e vulnerável?
Na teoria é fácil escolher, na prática é difícil arriscar. Mas uma coisa é fato, vida morna é um saco!
Galera, desculpem a viagem. Vou voltar a intenção inicial da postagem, segue um poema que escrevi em 1994:
Reencontro
... E um dia, quando o amor for mais que tudo em nossas vidas,
o céu se abrirá e encontrarei você novamente
tão jovem e tão belo como nunca vi antes
Meu Deus, esperei tanto tempo e nada tenho a dizer!
Nada precisa ser dito,
quando bem perto,
no fundo dos meus olhos puderes ver o que sinto
Só então entenderás o verdadeiro sentido da vida.