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10 maio 2010

Minha poesia - Soneto da Separação (Vinícius de Moraes)

Soneto da separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

2 comentários:

  1. Lindo ! O poetinha era o cara.
    E ele entendia mesmo de separação, casou-se 9, ou 10, vezes, não é ?!...rs.

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  2. Nossa, Partiça...
    Cê tá triste, né?
    Fica assim não. Precisamos conversar!
    Bjos, saudades.

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